terça-feira, 11 de agosto de 2009

Dias dos Pais...

O dia dos Pais passou, para alguns uma mera data comercial, para outros um momento para estreitar os laços entre pais e filhos. Eu faço parte desse segundo pessoal, então deixo aqui a minha homenagem aquele que infelizmente não está aqui para receber meu saudoso abraço. A crônica abaixo foi postada aqui nesse blog em abril.

Meu pai era Santos, eu sou Corinthians, chamava-o de torcida da terceira idade, ele chamava-me de torcida de bandido, dizia-lhe que meu sonho era conhecer uma criança torcedora do Santos, ele dizia que seu sonho era conhecer um Corintiano que não fosse destinado a usar algemas. Assim íamos nós, um esculachando a paixão do outro.

Quando criança, cada vez que aprontava, ele fingia estar possuído pelo espírito do irmão gêmeo, que morrera no primeiro ano de vida, aliás, reza a lenda que seu nome na verdade era de seu irmão, mas como levou mais de um ano para ser registrado, ficou com o nome. Meu pai cresceu aprontando, tanto, que fugiu para cidade grande, jurado de morte, por assediar as mulheres dos outros, e aqui ganhou sua vida, e entregou parte dela também.

Meu pai era Zezinho de família, Carvalho pela vida, brasileiro convicto, do tipo que odeia a Argentina e tudo. Trazia com ele casos pitorescos, como a que acendeu um cigarro embaixo de uma chuva torrencial, para logo em seguida soltar um palavrão com raiva da vida, como se não soubesse que cigarro e chuva não combinam. Cabeça dura que sempre foi, era metido à eletricista, já o vi sendo arremessado do banheiro enquanto tentava consertar o chuveiro, claro! Sem desligar a chave geral, pois ele era homem cabra macho. Até hoje tenho pavor de corrente elétrica.

Estava integrado a sociedade “on”, tinha seu próprio note-book e com ele sempre jogava online, apesar de dar trabalho; Certa vez, ele teimara que não entrava internet, quando fui socorrê-lo, percebi que o problema era que havia aberto o site do UOL e não do Yahoo, como ele estava habituado, qualquer outro site que não fosse seu Yahoo, era um vírus para ele. Limpava a casa com roupa nova, Já com seu celular nunca saia rua, sempre o deixava em casa, como se quisesse protegê-lo, ligava a cobrar do orelhão mesmo, mas não se esquecia de carregar a bateria um único dia.

Gostava de carros, a pesar de nunca ter tirado carta, mas isso não o impediu em trabalhar por anos dirigindo por toda São Paulo, até já me levou consigo várias vezes, uma pobre criança, sem noção do perigo do qual representava o próprio pai ao volante, eu ia todo contente em sua Kombi amassada, por suas “leves” barbeiragens. Também adorava bater perna, onde tinha asfalto, lá estava ele, andando para baixo e para cima, andava mais que notícia ruim.

Como todo ser humano, tinha suas qualidades e defeitos, mas nenhuma dessas características, explica ter penhorado sua futura esposa na Praia Grande e voltado à São Paulo buscar o dinheiro para resgatá-la, junto ao hotel, que ficara confinada devido a dívida. Ainda bem que ele voltou para buscá-la, pois não estaria aqui escrevendo esse texto.

Ele se foi agora dia 1º de abril, uma verdade, que no dia da mentira foi duro de acreditar e deixou suas histórias, que causam saudades, afinal só as pessoas boas nos dão saudade. Agora uma coisa não sai da minha cabeça, tenho absoluta certeza que ele foi rindo da minha cara, com ar soberano, pois ele sabia que o Santos nunca perdera uma única final de campeonato para o Corinthians*.

* Alguns dias depois o Corinthians ganhou o campeonato paulista jogando a final contra o Santos.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Herói? Sei não viu!

Mais vale um covarde vivo, do que um herói morto. A coragem, nunca me foi uma das qualidades mais sobressalentes. Para ser honesto, até trago comigo pavores de coisas muito estranhas, como o medo de borboletas. Não sei porque, mas acho que elas tramam algo contra minha pessoa. Esse lance de primeiro ser lagarta e só depois virar uma libélula, não me cheira muito bem.

Não sou um herói, definitivamente não, ao contrário de muitos que aspiram ser, não compactuo com esse lance de heroísmo, sou totalmente contra. Ainda mais, desses que aparecem nas telas de cinema, pois eles próprios atraem todo tipo de inimigo para suas cidades onde vivem.

Não gostaria nem por um segundo morar na cidade do Homem-Aranha, pois lá aparece um inimigo mais aterrorizante que o outro. Tanto Batman, quanto Superman, ou ainda muito pior, o X-Men, não te trazem a mínima sensação de segurança.

Qual a vantagem de tê-los em sua cidade te protegendo? Eu respondo, nenhuma. Conviver com esses heróis, é o mesmo que conviver com o constante medo de sua cidade ser ataca, por um louco desvairado, também com super poderes, que cospe fogo pela boca, mata 1000 inocentes, para só no fim e somente no fim, eu repito mais uma vez, só no fim, ser capturado pelo nosso suposto herói.


Pior ainda são os Japoneses. É até aceitável, quando aqueles 5 ou 6 palhaços, cada um com uma cor de roupa, lutam com monstros de outros planetas, mas sinceramente, quando eles resolvem usar aqueles gigantescos robôs, os estragos são irreversíveis, a ponto de os donos de imobiliária arrancarem os cabelos de desespero.

Com as batalhas, eles simplesmente destroem toda cidade. Juro que é melhor então ser atacado pelo monstro, pois toda vez que esses robôs tentam impedir, derrubam pelo menos 30 prédios, 20 viadutos, e mais umas 10 montanhas, para enfim com uma espata liquidar o bicho do mal, supostamente mais ameaçador que isso. Fala sério! O que realmente dá mais medo? O pobre King – Kong, ou o robô dos Power Rangers?

Quer saber? Detesto os heróis, a não ser que exista um, que te salve contra as abomináveis borboletas, se alguém conhecer, me avisa, tem uma aqui voando pela janela.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Uma mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade


Uma mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade, eu mesmo para garantir a existência de algo, faço questão de pesquisar no Google, se não tiver lá, é porque não existe. Aliás, você já tentou pesquisar “google” no Google? Não faça, dizem que você cairá num buraco negro, caso tente e for mentira, me conta aqui no blog depois.

Mas não dá confiar em tudo o que dizem por aí, nem no Google. Essa semana mesmo surgiu uma foto que supostamente seria o rosto de Michael Jackson, da forma como foi enterrado. Sua face estava toda desfigurada, idêntica a um dos monstros de seu clipe thriller.

Claro que duvidei da veracidade da foto, já que após sua morte, foram reveladas imagens de ensaios seus, de pelo menos dois dias antes de sua morte, e mesmo estando muito feio, estava bem melhor do que na foto divulgada do seu enterro. Até porque caso aquele rosto seja o dele, posso garantir que não precisava de autópsia para descobrir a causa da sua morte, pois se for, com toda certeza ele pegou fogo e apagaram a pauladas.

Depois da morte do rei do pop, o que se viu, foi uma febre de vendas nos melhores ambulantes do Brasil, onde você pode encontrar dezenas de DVD's a incríveis 2 reais, dos mais variados shows de sua carreira. Com umas 20 "pila", você pode ter em casa toda uma coleção do eterno Peter Pan, com tudo o que ele já produziu para a música.

Não importa se é produto pirata ou não, afinal, cada um paga quanto pode e tornar-se fã do Michel Jackson não tem preço. Michael que para muitos não era desse planeta, na verdade, parecia ser de outro, não é atoa que seu passo mais famoso é o "Moonwalker", passo que deslizava sobre a lua.
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Falando em Lua, essa semana comemorou-se 40 anos do homem ter pisado nela, que pra mim, quando pequeno, não passava de um enorme e suculento queijo, hoje nem tanto, já não gosto tanto assim de queijos. Nem de queijos e nem de histórias fantasiosas da superação americana, de passear pela superfície lunar.

Na verdade, devia se comemorar 40 anos, do fato de o homem não ter voltado à lua, e por quê? Será que lá era tão chato assim? Cadê o progresso, as estações espaciais que garantiriam a possibilidade de vivermos na lua?

Estamos em 2009, beirando a 2010, e não temos um único shopping lunar, viajens turísticas, ou uma fábrica da Coca-Cola. Ainda em 1994, nos meus 11 anos, podia jurar que veríamos uma copa do mundo na lua. Imagina o Brasil campeão lunar, ou até mesmo o meu Corinthians ganhar um torneio na lua, hein? Tá bom, isso seria mais difícil eu sei, mas imagina.

Iríamos colonizar nosso satélite natural, seria realmente um grande salto para humanidade, um salto fundamental. Pensa que com tantos chineses no mundo, precisamos de um lugar urgente para mandá-los, não só eles, mas como também, os palmeirenses e todos os nossos hermanos argentinos. Enquanto isso agente faz de conta que acredita.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Rei do Pop


Iria falar da minha ansiedade para essa final da copa do Brasil entre Corinthians e Internacional, que dá vaga para a almejada Libertadores de 2010, ou sobre o concurso do PR, Partido da República, que está promovendo para escolha do seu novo mascote, com prêmio de 10 mil reais e tudo. Algo inovador na política brasileira. Mas aí o Michael ganhou os noticiários do mundo inteiro, dessa vez com sua morte. Então decidi dar meu pitaco nesse assunto.

Longe dos escândalos, das dívidas e dos processos judiciais, Michael, foi um gênio não só da música, mas de toda humanidade. São gênios assim, que nos mostram como somos normais, suas criações são atemporais que marcaram época e ditam as regras de todas as outras.

Quem nunca viajou em suas canções? Quem nunca tentou fazer o moonwalker? Michael Jackson foi estratosférico, para todos nós e ainda mais para ele mesmo, ele queria ser grande e foi muito maior, quis ser o que nunca foi e transformou a sí mesmo, coisa de gênio, que transitou sempre na linha tênue da normalidade e loucura.

Michael amava a música tanto quanto o mundo lúdico infantil, enquanto não cantava, preferia estar brincando com seus pequenos seguidores. Muitos afirmam e acreditam que ele gostava mais do que devia, invertendo os valores. Difícil não fazer um paralelo com o pequeno Alfie Patten, garoto inglês que ganhou notoriedade mundial ao assumir ser pai com 13 anos de idade. Michael com toda certeza, deve ter se desesperado com o caso. Ele querendo ser o Peter Pan, e o Alfie querendo ser adulto.

Michael se foi, e agora suspeita-se que seus filhos não sejam seus, segundo palavras da mãe biológica de seus filhos. Alfie também, o garoto de 13 anos em maio descobriu que na verdade ao invés de ser o pai mais novo do planeta , tornou-se o corno mais novo da humanidade, ficou provado que o bebe não é seu filho.

Agora Alfie será motivo de chacotas na escola, por seu enorme chifre levado em rede mundial. Ao menos poderá, caso queira é claro, voltar a brincar de amarelinha, e curtir o final de sua infância. Michael não, se foi voando para terra do nunca.

Não sei se Alfie era fã do Michael, mas os fãs mais céticos do rei do pop preferem crer que ele não morreu, fugiu da mídia e reaparecerá de forma triunfal, fantásticas, explicando que tudo não passou de uma grande brincadeira, tomara que seja mesmo. Para falar a verdade, até quero crer nisso, vou entrar nessa corrente.

Mas é claro, que mesmo de forma cômica, prefiro acreditar que depois da Dercy Gonçalves ter batido as botas, estamos todos livres para ir. Ela que viu tantas coisas, como a guerra mundial, a guerra fria, o Brasil ganhar 5 copas, o Obama e o Lula serem eleitos, Fidel Castro perder força em Cuba, viu de tudo, quer dizer, quase tudo. Como recebi um email sem graça hoje cedo, só não viu o Corinthians ganhar uma libertadores, mas nessa quarta daremos início, ganhando a copa do Brasil sobre o Inter, e o ano que vem Libertadores. Assim espero.
Descanse em paz Michael...

terça-feira, 23 de junho de 2009

O joio do trigo


Olha aí, viu como é? Tá vendo? Fiquei uma semana sem postar no meu blog. Peço desculpas a vocês, não tive culpa, pelo menos não toda ela. A Telefonica com seu Speedy não colaborou e bem no dia de eu postar a nova crônica, a conexão com a internet caiu e me deixou na mão. Brincadeira viu! Estou até pensando seriamente em largar de vez a Telefonica. Essa sua falta de compromisso me deixou na mão.

Mas vai que troco ela por outra, e me dou mal? Hoje, qualquer prestadora de serviço tem seus problemas, apesar de todas parecerem tão perfeitas. Ao dizer "sim" aos seus contratos e assiná-los, te juram que é o casamento dos sonhos, mas quando você tenta cancelar, é muito pior que namoro que leva “bota”, não aceita cancelar por nada. Não aceita ser trocada por ninguém.

Hoje em dia está muito difícil separar o joio do trigo. Um grande exemplo é o PT e o PSDB, juro que não sei se são ávidos rivais, ou sábios parceiros, já que juntos governam muitas cidades no Brasil, unidos como irmãos gêmeos, difícil de distinguir um do outro. Pois é, existe cartel até na política. Pior que cartel de posto de gasolina que adultera combustível, é partido que faz isso com candidato a cada 2 anos.

Em uma conversa com um colega que morou no Japão que estava lá ganhando a vida no país da Toyota, do Jaspion e do Pokémon, perguntei sobre semelhanças com nosso país. Custou acharmos, mas encontramos. Lá é difícil você encontrar algum tipo de suborno, ou mesmo uma tentativa. Quase igual aqui, disse a ele, o que difere, é que aqui, o difícil é ao contrário.

Também me contou que lá muitos dos bairros são verdadeiros labirintos, que as ruas são desconexas e quando você caminha por uma rua achando que irá parar em algum lugar, você acaba se perdendo. O que contam lá no Japão, é que isso se deve aos antigos samurais, que construíam seus bairros assim propositalmente, pois quando os inimigos viessem atacar acabariam se perdendo.

Disse a ele que aqui no Brasil bem breve será assim também. Em um futuro bastante otimista, nossos netos contarão que muitos dos bairros no Brasil, eram chamados de favelas, e tinham também o formado de labirinto, para proteger o comércio dos samurais do tráfico. Assim os inimigos fardados se perdiam ao entrar nas favelas.

Também falamos das rivalidades entre nações, um fenômeno cultural, assim como Brasil e Argentina, Espanha e Portugal, lá a coisa pega com o Japão e a China. Eu particularmente, dou graças a Deus por ser brasileiro e rivalizar com a Argentina, até porque se todos chineses pularem ao mesmo tempo, a terra saíra do eixo e com toda certeza o Japão sumirá do mapa coberto de água.


Enfim, o fato que é não somos iguais, ou somos? O que nos difere é como diferenciamos o que é chato ou o que é legal.




terça-feira, 9 de junho de 2009

O Papa é Pop?


Homem no mictório é igual a motoqueiro no farol, pára, relaxa as pernas, dá primeiro uma olhada para cima, se concentra num pensamento e virá para conferir o tamanho da máquina do outro.

Alguma coisa me diz, que esse não é um bom jeito de começar uma crônica, mas tinha que começar causando impacto. Li numa pesquisa, que quando o leitor chega ao terceiro parágrafo ele tende a ler todo o texto, por isso às primeiras linhas devem ser muito provocativas à leitura, assim você garantirá o leitor nas linhas subseqüentes.

É, eu sei, uma grande besteira, mas quis tentar com vocês, vai que funciona, além do mais esse já é o 3° parágrafo, se você chegou até aqui, objetivo alcançado, sinal que provavelmente você irá até o final desta crônica, agora não seja malvado(a) tentando provar que eu estou errado e pare de ler, vai até o final pô!

Hoje na vida, para você conseguir atenção tem que usar algum artifício, seja para vender seus produtos, para conseguir uma namorada, para ser escolhido como o representante de grupo, ser promovido no emprego, e até mesmo virar político. Vai ver é por isso que tem tanto palhaço no planalto central.

Na religião também é assim, algumas igrejas compraram canais, outras mantém programas diários de seus cultos, sites modernos, fiéis que passam no seu portão domingo 8 horas da manhã, enfim, se utilizam de todos artifícios para te chamar a atenção à salvação. Não só a forma de chamar, mas o próprio culto à Deus foi todo revisto, e hoje são atrativos, extremamente profissionais, espetáculos que atraem pessoas de todas as idades, etnias e classes sociais. Domingo fui ao noivado de um amigo, e assisti um culto assim, que poderia tranqüilamente se apresentar no teatro municipal, pois se tratava de um verdadeiro show.

Primeiro você chega a igreja, é abraçado, olhado nos olhos, coisa que no dia a dia, você não tem mais, a sociedade hoje é gelada. Depois você senta, ouve uma melodia de fundo, a igreja fica escura, foco de luz direto no palco, e a banda começa tocar um canção cheia de vibração, com melodia forte e com um refrão, que gruda na cabeça, fácil de decorar, os músicos pulam, os membros da igreja cantam junto, fica aquele canto em uníssono, coisa linda e você de boca aberta, encantado com o que vê, pois canta mesmo, só no refrão.

O som da banda desce, agora já é uma baladinha, quando você ouve uma voz de fundo, é o pastor. Fala um texto lindo, pregando o amor, a palavra de Deus, primeiro ele declama, vai subindo o tom de voz, a banda vai acompanhando, elevando o som com o ritmo de sua voz, a igreja se inflama, e todos explodem de uma só vez, como se fosse o ápice do culto, agora são banda e fiéis entoando o louvor, enquanto no palco, o pastor com os braços para céu e uma luz fixa nele, grita e gesticula o poder que sente naquele lugar. De fato uma grande apresentação.

O líder da igreja, diz que daqui a pouco terá uma novidade para todos os irmãos, mas pede que aguardem, antes irá ler um ou dois versículos, você fica ansioso, mas o pastor segura a platéia (fiéis), ele é bom nisso, um grande animador de palco (orador). Mais músicas para Deus, intercalam-se uma balada e uma agitada, dando ritmo ao culto. O Pastor volta ao palco, fala novamente sobre a tal novidade, mas antes apresentará uma dança, chama a fiel, que apresenta seu número, deixando a platéia ainda mais ansiosa.

A dança acaba, suspense! Será agora a novidade? Não! Primeiro mais uma oração, agora coletiva de toda igreja. A expectativa toma conta de todos, até penso que ele dirá que anunciara só no próximo culto, pois o tempo deste acabara, mas para minha alegria, ele finalmente anuncia. Fala do noivado de meu amigo, esse que é apresentação especial da noite, que segura a audiência da igreja, com direito a uma salva de palmas. De fato, um grande espetáculo, de luzes, músicas, dança. Um verdadeiro show!

E no domingo que vem tem muito mais, no mesmo horário e mesmo canal, quer dizer, na mesma igreja.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Novidades


Começou o novo reality show da televisão brasileira, na Rede Record. O nome desse novo programa é "A Fazenda", que reúne famosos para estrelar a vida na roça em busca de um milhão. O que me deixa frustrado, é não conhecer a fama de algum dos participantes, ou até mesmo contestá-las, até cheguei achar, que esse novo reality show, poderia ser composto, por ex BBB’s, já que estes, são mais famosos que os atuais participantes. Já pensou? Um BBB 2.0, pois agora tudo é 2.0, já reparou? Estamos na febre do 2.0.

Mas voltando, imagina você, seria um tira teima dos campeões de cada edição BBB, disputando agora o milhão em meio a vacas e bois. Pesando bem, Deus que nos livre dessa. Eu até adoro assistir a Record. Verdade! Especialmente à noite, quando começa o programa religioso "Fala que eu te escuto". O acho mil vezes melhor que Zorra Total ou Pânico na TV, dou milhares de risadas, as mais gostosas que possa imaginar, adoro. Fala sério! Não tem como não rir, os temas são idênticos aos do programa da Luciana Gimenez.

Anteontem falavam das gírias do funk carioca, enquanto o Pastor ou Bispo (não sei ao certo o que ele é) comentava, insistindo no pedido à produção para manter as imagens das “funkeiras” rebolando, ao mesmo tempo em que tecia seu comentário, ou ouvia os telespectadores. O mais cômico, era a cara de assustado que ele fazia, não sei se com as gírias, ou com a ginga das funkeiras.

Essa semana também teve outra novidade, já é de conhecimento de todos, as cidades sedes, para Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Fiquei muito feliz com a forma democrática que fora realizada a escolha das sedes. Com a boa e velha politicagem que aqui impera, nesse nosso país idôneo e cheio dos jeitinhos.

A escolha, que mais me chamou atenção, foi Cuiabá, no Mato Grosso, já que segundo o próprio presidente da FIFA, estamos em um momento de natureza, e devemos nessa Copa do Mundo, mostrar as imagens da Amazônia e do Pantanal, promovendo assim uma “copa verde”. Quem bradou de felicidade, foi o próprio Governador do Mato Grosso, o Blairo Maggi, que recentemente recebeu o titulo de
motosserra de ouro” pelo Greenpeace, como homenagem em ser um dos maiores desmatadores do país. Agora quantas àrvores mais ele irá derrubar, para erguer o estádio para copa de 2014?

Lá na auto-escola, onde finalmente estou tirando carta, também estão abordando o tema “meio ambiente e natureza”, com mais ênfase e cuidado especial, para tentar fazer que os futuros condutores sejam pessoas mais conscientes, protegendo e preservando a natureza. Excelente idéia. Eu aprovo!


Enfim, com tanta coisa ruim por aí, talvez assistir “A Fazenda” da Record seja algo positivo, ao menos mata o tempo, e não àrvores ou pessoas.


Até aumentaram a carga horária no curso do CFC, de 6 para 9 aulas. Será que vou jogar menos papel na rua, se tiver mais aulas? Ou falar menos palavrão no trânsito? Ou me envolver em menos acidentes. Há discussões, mas pensando bem, eu acho que sim. Quem sabe se tivesse feito ao menos 90 dessas aulas, o D
eputado estadual do Paraná, Fernando Ribas Carli Filho, não teria se envolvido em um acidente participando de racha, causando a morte de 2 pessoas. Ele, que já tinha a carteira de habilitação cassada
, por ter somado incríveis 130 pontos. Para fazer mais pontos que ele, só mesmo a seleção americana de basquete.

terça-feira, 26 de maio de 2009

O Sabe Tudo

Que bronca viu? Você também tem daqueles amigos sabidão? Que tem opinião formada sobre tudo, que sempre sabe uma coisinha a mais, por isso julga entender bem mais que você? São verdadeiros poços de cultura, não só brasileira como mundial, é um sujeito antenado nas novidades, está sempre inserido nos grandes acontecimentos mundiais. É aquele na sala de aula que responde a todas as perguntas do professor, e exibe aquele sorriso amarelo vitorioso para o resto da sala, é aquele colega no trabalho que sempre tem uma idéia a mais para melhorar a sua, ele adora complementar sua fala com “mas”, assim que você conclui seu raciocínio ele completa, “mas e se nós acrescentássemos isso...”.

É, não é simples vencê-los, sempre farão parte das nossas vidas, o que serve de consolo, é que nos resta à alternativa de fazer piadas jocosas dessas criaturas quase divinas, eles nunca percebem, são muito sérios para isso. Claro, faço uma ressalva para aqueles que não fazem isso por mal, mas sem querer mesmo. Na faculdade tive o prazer de estudar com uma gaúcha da gema, que tomava chimarrão e tudo, entre um chimarrão e outro ela também bebericava umas pequenas doses de conteúdo alcoólico, o que garantia alegria para toda sala, com seus comentários sempre divertidos.

Numa aula de língua portuguesa a professora colocara na lousa a seguinte frase: “Está chovendo muito” e perguntou qual advérbio, e a gaúcha respondeu com toda pompa, ciente do que estava falando, “Advérbio de tempo professora, pois está chovendo”, que saudade da gaúcha, sabia das coisas, sabia da vida, sabia ser feliz, não é como esses “sabe-tudo”, que no fundo, não sabem o quanto é bom fazer silêncio às vezes.

Escrevi tudo isso como um desabafo, mas não contra um amigo que eu tenha, mas contra eu mesmo, tem horas que eu poderia ficar quieto e evitar com isso situações constrangedoras como vivenciei em pleno dia do meu aniversário. Um amigo veio conversar comigo e estava contando como foi trabalhar de mesário nessa eleição, de como enfrentou situações adversas, como o caso da mulher analfabeta que foi votar, e a forma como fez para ajudá-la a exercer seu direito de cidadã.

Até aí, tudo ótimo, o problema foi quando com ar professoral eu o interrompi, e o indaguei como pode alguém assim, ir votar? Porque antes não foi procurar um cursinho de alfabetização, que existem aos montes hoje em dia, todos gratuitos e de ótima qualidade, enfim, a pessoa tem que ter força de vontade, tem que ir atrás de aprender a ler e a escrever, para assim poder exercer sua cidadania, com plena consciência.

Quanto mais falava, mais me empolgava, parecia um Lula miniatura, fazendo seus discursos arrebatares no tempo de sindicado, falava com ênfase, com autoridade, com domínio, com grande conhecimento de causa, Até ser interrompido pelo meu amigo com uma cara revoltada dizendo-me “Olha Neto, minha mãe também é analfabeta, não é bem assim”. Depois dessa não me restou trocar de assunto, e perguntar se ele assistiu ao último capítulo da novela. O mundo não é para os manés que acham que sabem tudo.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Andale, Andale, Arriba, Arriba.

Nunca notícias vindas do México me assustaram tanto, como essa da Gripe Suína. Nem mesmo com a trilogia de Maria Mercedes, Marimar e Maria do bairro fiquei tão horrorizado, apesar de ter assistido todas.

Essa gripe é rebelde, mais que o grupo homônimo vindo de lá. Ninguém esperava e o vírus já avançava fronteiras à outros países, que antes só o Chaves conseguira. Derrepente estávamos todos embarcando nesse carrossel de terror, que nem mesmo a professorinha Helena, achou jeito de acalmar seus amáveis aluninhos, pelo menos a maioria deles, pois para mim quem começou com essa gripe foi a Maria Joaquina, e colocou toda culpa no pobre Cirilo.

Também cheguei a suspeitar que a gripe viera dos torcedores do Palmeiras, óbvio que uma mente abobada como a minha e Corinthiana, mistura assuntos sérios com provocações do futebol.

Para aliviar a pobre vida dos porquinhos, ameaçados de sacrifício, mudaram o nome da gripe; Não é mais "Gripe Suína", agora se chama H1N1, aliás, como é complicado pronunciar esse nome, se passar por um médico, melhor avisar que está com suspeita da gripe suína, ou ele achará que você estará jogando batalha naval.

Os Mexicanos dizem que não sabem, já os americanos estão quase devolvendo a Califórnia, com o Zorro e tudo. Os evangélicos estão dizendo que é praga de Deus à este mundo mundano, já os descrentes estão procurando algum trecho qualquer nos fragmentos de textos do Nostradamus, prevendo a gripe, igual ele previu a queda das Torres Gêmeas e a do Corinthians para série B do Brasileirão ( viu? também tiro onda do meu time).

Nessas horas é bom ouvirmos nossas lideranças, até para termos um norte à seguir, ainda mais para um assunto tão sério como esse, que tomou conta de manchetes nos jornais, blogs e da fundamental conversa de bar. Até a crise mundial virou fichinha para a gripe. Crise, que para o Lula, teria reflexo no Brasil apenas como uma marolinha. E a gripe? Seria apenas um resfriado de leitãozinho? Imagino o Lula, desesperado com estas primeiras confirmações da gripe no Brasil, levantar as mãos para o céu e clamar, “E agora, quem poderá nos defender?"

Se o Chapolin Colorado não estiver gripado, já sabemos a resposta.

Até a próxima semana! E siga-me os bons !!!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Matando o Tempo


Hoje é terça-feira, e como ritual tenho que postar aqui mais uma crônica, com meus pensamentos, sobre as coisas que vivo, ou vejo os outros viverem. Mas sabe quando a idéia não vem? Você senta, escreve uma linha, depois risca, escreve outra e rabisca também, até entender, que na verdade você não sabe exatamente o que escrever. Hoje está sendo assim, tenho certeza que essa folha em branco, está me chamando de cabeça vazia, ou cabeça de vento, está rindo de meu momento sem idéias. Dá até vontade de escrever um palavrão nela, mas melhor não provocar.

Eu bem que poderia falar, sobre o fato da crise mundial, torna-se menos assustadora que a gripe suína; Sobre o Fernando Lugo, ex-bispo, agora Presidente do Paraguai, vendo-se com um monte de filhos para assumir, feitos no seu período religioso. O Ratinho bem que poderia dar uma força para essas mães, já que ele voltou ao ar, com seus exames de DNA, pois aí tem café no bule.

Nesses momentos tento fugir da rotina, fico caçando o que fazer e como não achei nada que conseguisse escrever, comecei a ligar para as rádios, aqui em São Paulo, a única que consegui falar, foi na Gazeta FM, 88,1. Atenderam-me super bem, achei ótimo, é a primeira vez que consigo ligar numa rádio, iria entrar ao vivo, e para isso a atendente, solicitou que informa-se qual música iria pedir no ar, disse que queria ouvir Metallica, a moça com toda educação do mundo, me informou que a Rádio não toca esse estilo musical, então pedi Phil Collins, a ligação caiu subitamente.

Então fui zapear a TV, fuçar a internet, procurar notícias. Porém uma delas chamou-me a atenção e tem haver com nossas impressões digitais, que está cada vez mais em voga no mundo tecnológico, hoje já é comum você ter acesso a um prédio, através de seu dedão, é só encostá-lo no leitor e pronto. O mesmo vale para fazer aulas na academia, na auto escola, acessos a eventos esportivos e etc.. Até aí achei muito interessante, mas agora, ainda há a possibilidade de se fazer pagamentos via impressão digital. Estou preocupado, sério mesmo, daqui a pouco só sairei na rua usando luvas blindadas, imagina você, se vira moda o roubo de dedos? Idealiza eu indo na delegacia para fazer o B.O

- Seu guarda, roubaram meu dedão.
- E como ele era?
- Igual a esse outro.

Não sei se parece-me uma boa idéia, mas se me roubarem um dedo, eu faço um pedido ao ladrão, que leve o dedo mindinho, já que não sei para que ele serve, a não ser para cutucar meu ouvido. Tranquilo, pode levar, o Lula mesmo é presidente sem ele.




Bom, você viu o quanto eu enrrolei? colocando em risco meu muitos ( leia-se poucos ) leitores, conquistados com tanto custo ( leia-se, com propaganda no orkut ). Na próxima semana prometo que você gastará melhor seu tempo aqui, claro se houver a próxima semana.
Abraços



terça-feira, 28 de abril de 2009

Ana Vitória ...


Hoje nasce minha sobrinha, a Ana Vitória, que na verdade estava prevista para quinta-feira, mas como o médico pelo o que parece, deseja viajar mais cedo nesse feriado prolongado, decidiu adiantar a cesária para hoje mesmo, simples assim, mais fácil que pedir pizza, você viu? Daqui um pouco Ana estará respirando o ar do mundo, cheio de CO2. CH4. NO. NO2. CFCs, HCFCs e afins.

Quando minha irmã contou a notícia que estava grávida, festejei como um louco, pois teria alguém para ir pagar as contas, pegar fila em bancos, lotéricas, supermercado, e porque não, até comprar ingressos de jogo. Agora isso já não dará mais, uma vez que ela deixará hoje de carregar uma barrigona e passará a carregar um bebê em seus braços. A Aninha nem sabe, mas já inventei alguns apelidos para ela, como pelota do titio, Ana Derrota, coisas assim sabe? Bem carinhosas, pensadas com amor é lógico.

Logo mais estaremos todos indo à maternidade, ficar na sala de espera, andando de um lado para o outro, tomando café, com cara de ansiosos, esperando o médico passar e anunciar a chegada de Ana. Será que é como eu vejo nos filmes? A diferença é que perdeu aquele glamour de o médico aparecer na porta e exclamar "é uma menina". Mas tudo bem, quem mandou querermos saber o sexo antes.

Já estou até esperando a Ana crescer, assim poderei fazer jogos com ela, do tipo, pegar o copo de suco na mesa para mim, buscar meus chinelos, ir distrair o cachorro, coisas assim. Exploração? Não, também não é assim, garanto que vou mimá-la muito, demais, pode apostar, vou enchê-la de presentes, do melhor que eu puder comprar, dos mais vistosos, doces, roupas, brinquedos, não lhe negarei nada, é só ela pedir que eu darei, Tio é para isso; Agora azar dos pais, que pelos meu mimos criarão uma menina enjoada e fresca. Como uma amiga diz, o bom de ser tio(a), é que você pode usufruir do melhor da criança e quando ela estiver com birra é só devolver para os pais, simples assim.

Quando alguém assim, próximo a nós nasce, começamos a imaginar um monte de coisas; O que ela vai ser quando crescer, se vai torcer pelo mesmo time, se vai votar no PT ou PSDB, se vai gostar de desenhar ou escrever, se será séria ou arteira, ou até mesmo no mundo complexo de hoje, se gostará de meninas ou meninos, bom isso eu não pensei, a Aninha é espata, que dizer, Princesinha.

Ana significa “cheia de graça”, e Vitória, pasmem, significa “aquela que vence”. Ana é origem hebraica e Vitória do Latim, será do signo de touro, nascerá hoje dia 28, provavelmente às 21hs. Então, analisando todos esses dados, eu posso afirmar que...

Bom deixa para lá, não entendo disso mesmo ... Vou lá Maternidade esperar a Aninha, abraços...

Bem vinda Aninha...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Meu Pai ...

Meu pai era Santos, eu sou Corinthians, chamava-o de torcida da terceira idade, ele chamava-me de torcida de bandido, dizia-lhe que meu sonho era conhecer uma criança torcedora do Santos, ele dizia que seu sonho era conhecer um Corintiano que não fosse destinado a usar algemas. Assim íamos nós, um esculachando a paixão do outro.

Quando criança, cada vez que aprontava, ele fingia estar possuído pelo espírito do irmão gêmeo, que morrera no primeiro ano de vida, aliás, reza a lenda que seu nome na verdade era de seu irmão, mas como levou mais de um ano para ser registrado, ficou com o nome. Meu pai cresceu aprontando, tanto, que fugiu para cidade grande, jurado de morte, por assediar as mulheres dos outros, e aqui ganhou sua vida, e entregou parte dela também.

Meu pai era Zezinho de família, Carvalho pela vida, brasileiro convicto, do tipo que odeia a Argentina e tudo. Trazia com ele casos pitorescos, como a que acendeu um cigarro embaixo de uma chuva torrencial, para logo em seguida soltar um palavrão com raiva da vida, como se não soubesse que cigarro e chuva não combinam. Cabeça dura que sempre foi, era metido à eletricista, já o vi sendo arremessado do banheiro enquanto tentava consertar o chuveiro, claro! Sem desligar a chave geral, pois ele era homem cabra macho. Até hoje tenho pavor de corrente elétrica.

Estava integrado a sociedade “on”, tinha seu próprio note-book e com ele sempre jogava online, apesar de dar trabalho; Certa vez, ele teimara que não entrava internet, quando fui socorrê-lo, percebi que o problema era que havia aberto o site do UOL e não do Yahoo, como ele estava habituado, qualquer outro site que não fosse seu Yahoo, era um vírus para ele. Limpava a casa com roupa nova, Já com seu celular nunca saia rua, sempre o deixava em casa, como se quisesse protegê-lo, ligava a cobrar do orelhão mesmo, mas não se esquecia de carregar a bateria um único dia.

Gostava de carros, a pesar de nunca ter tirado carta, mas isso não o impediu em trabalhar por anos dirigindo por toda São Paulo, até já me levou consigo várias vezes, uma pobre criança, sem noção do perigo do qual representava o próprio pai ao volante, eu ia todo contente em sua Kombi amassada, por suas “leves” barbeiragens. Também adorava bater perna, onde tinha asfalto, lá estava ele, andando para baixo e para cima, andava mais que notícia ruim.

Como todo ser humano, tinha suas qualidades e defeitos, mas nenhuma dessas características, explica ter penhorado sua futura esposa na Praia Grande e voltado à São Paulo buscar o dinheiro para resgatá-la, junto ao hotel, que ficara confinada devido a dívida. Ainda bem que ele voltou para buscá-la, pois não estaria aqui escrevendo esse texto.

Ele se foi agora dia 1º de abril, uma verdade, que no dia da mentira foi duro de acreditar e deixou suas histórias, que causam saudades, afinal só as pessoas boas nos dão saudade. Agora uma coisa não sai da minha cabeça, tenho absoluta certeza que ele foi rindo da minha cara, com ar soberano, pois ele sabia que o Santos nunca perdera uma única final de campeonato para o Corinthians.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Férias

Esse Blog está de férias, logo volta aguenta aí .....




Motivo eu conto depois ...... abraços

terça-feira, 24 de março de 2009

Vamos descer o nível?

Vamos descer o nível nesse post? Só um pouquinho, juro que não vai doer.
Outro dia li um comentário muito engraçado na internet, onde falava sobre a mulher melancia, que segundo o comentarista deixou de ser quase gorda, para ser quase gostosa, isso porque tem gente, que ainda acha ela quase gorda. Será que estamos numa inversão de valores quantitativos? Antes discutíamos qualidade, agora quantidade também é qualidade?O povo da cidade de Itu, que pode falar bem disso, já que é conhecida por sua enormidade; Então fui falar com um amigo que mora lá, mas afirmou ser lenda que lá tudo é enorme, como afirmam aqui na cidade grande, lá é tudo do tamanho normal, disse ele. Está certo que esse meu amigo não é lá muito pequeno e sim um gordinho simpático, mas se ele me disse, acredito.

E com tanta discussão sobre tamanhos, me lembro da celebre frase, que ouvimos um milhão de vezes durante a vida, “tamanho não é documento”. Queria muito saber quem inventou essa frase, se ele (a), tinha muito ou pouco documento. Aqui mesmo um amigo é carinhosamente chamado de P.P. (Instrumento pequeno), e quem disse que ele liga? Não liga, tanto não liga que não o vejo mais na rua a pelo menos três semanas, nem vem tomar satisfação, grande espírito o dele né? O espírito, por que… Bom, deixa para lá.

Mas sobre tamanhos, a idéia mais curiosa que ouvi, foi de um futuro grande empreendedor, que mora aqui perto, e após 13 latinhas de cerveja (não fui eu que contei), disse que se tivesse um empreendimento, seria uma casa noturna de anãs; Veja você, uma casa da luz vermelha só com anãs, as mais belas do Brasil, segundo ele. Essa mente brilhante tem 1,90 de altura, e diz que todo homem gosta mesmo é de anã. Ninguém na roda concordou, mas ele nem se importou e já lançou seus slogans de marketing.
“Pague inteira, mas leve meia”.

“Estudante aqui, também paga meia”.

“É só impressão, mas aqui o serviço não é pela metade”.

“Leve duas pague uma”.

“Faça mais com menos” (minha preferida).

“Na altura dos seus sonhos”.

Incrível, como conseguimos pensar uma enormidade de banalidades por minuto né? Na próxima semana prometo subir o nível de novo, nem sempre agente acerta né? Nem mesmo o Luis Fernando Veríssimo, quer dizer, esse acerta sim.

terça-feira, 17 de março de 2009

Saúde ou Insanidade

Tem coisas que me deixam espantando na vida, como a que ocorreu esses dias, presenciei uma cena curiosa, vi duas pessoas abrindo um verdadeiro debate, para saber quem mais sofreu no hospital com o ataque de suas respectivas úlceras, ambos contavam verdadeiras epopéias, de como venceram a doença, seus olhos brilhavam de orgulho contanto suas batalhas no certame hospitalar, o auge foi quando exibiram suas cicatrizes de operação, pareciam ostentar verdadeiras marcas de guerra, que provavam suas onipotências e com sorriso no rosto diziam, “eu venci a morte”, como se a Morte ligasse ter perdido, e se ligar, será que ela vai querer revanche? Tomara que não.

A verdade é que há gente contanto vantagem sobre tudo, seja quem “pegou” mais na balada, quem ganha o melhor salário, quem freqüenta os melhores lugares, quem ganha mais presentes, quem tem mais amigos no orkut, mais contatos no msn, enfim, contar vantagem é uma coisa da natureza do ser humano, mas vantagem por doença, já é complicado né?

Comecei a reparar mais, toda vez, que alguém vem contar algo que aconteceu relativo à saúde, o outro interlocutor, já se prepara para contar também suas experiências, e caso ele não tenha passado pelo mesmo, conhece alguém que passou, nem que seja o amigo do amigo, mas conhece, além é claro de ter sempre uma receita milagrosa para cura do problema, e quando você pergunta se ele já usou, desconversa, dizendo que não teve oportunidade, mas que funciona, pode apostar que funciona. De fato, de medico e louco todo mundo tem um pouco.

A inovação mais legal que fizeram até hoje, foi levar gôndolas para as farmácias, antes tínhamos vergonha de pedir vários remédios no balcão, agora é só fazer a lista e encher a cestinha, aliás, elas já estão quase do mesmo tamanho da cesta do supermercado, não vejo a hora de emplacarem também o sistema do carrinho, e até mesmo a venda no atacado. Você já percebeu que existem algumas empresas que entre os benefícios dados para seus funcionários, está dando o “vale remédio”? Até na cesta básica, não se assuste se entre o arroz e o feijão vier o analgésico junto.

Pois é, remédio tornou-se uma tentação, ganharam cores, sabores, artistas belos e bem sucedidos para promovê-los; Tomar remédio já é algo inerente a todos nós; Agora, o que mais me chama atenção são seus nomes muitos atrativos, que só de ler já é um convite ao consumo compulsivo, eu mesmo adoro quando leio Paracetamol, Diclofenaco Sódico, Amoxicilina, mas para mim, o que me deixa doidão de vontade de provar quando leio, é o Ibuprofeno, vendo pelo nome, deve ser de arrasar quarteirão hein? Bom, vou lá na farmácia e já volto.

terça-feira, 3 de março de 2009

Você é On?


Vem cá, me responde uma coisa, você é on?

Você está “linkado” a rede mundial de computadores? Você faz parte de quantas comunidades virtuais? Você tem mais amigos virtuais do que de carne e osso? Você fala “miguxes”? Você tem um Avatar? Nada disso? Então segundo alguns, você é out.

A internet é o lugar que te leva ao mundo inteiro, você pode fazer amizades com pessoas de cada canto do planeta, o lugar onde se concentra as pessoas mais lindas e espertas que já se ouviu falar, na internet ninguém é feio, sem forma ou sem cultura, todos são misteriosos, atraentes e com vidas cheias de aventuras. Eu mesmo, já emplaquei três namoros virtuais, mas nada que me fizesse querer conhecer a garota pessoalmente, para não quebrar o encanto, nem o meu e nem o dela. Isso mesmo, a internet é um conto de fadas, nela você é livre para ser o que quiser e para enganar quem você quiser também.

E pensar que eu estava quase largando tudo isso, esse mundo lindo, com essas pessoas maravilhosas, já que andei levando alguns sustos com o Orkut. O fato, é que os últimos acontecimentos me deixaram paranóico, revelando o que a internet pensa sobre a minha pessoa, e não foram bons pensamentos. Tudo começou quando notei, que eu havia sido expulso da comunidade dos Vegetarianos, sem qualquer prévia satisfação, será que descobriram que nesse ano eu já compareci a 3 churrascos? Se for, tudo bem, sei que tenho culpa no cartório, mas o que não sai da minha cabeça, é também ter sido excluído da comunidade “sua inveja me fortalece”. Era tudo o que me faltava, ser visto como invejoso que estava lá na comunidade apenas de olho gordo na felicidade dos outros, dá para acreditar? Para eles eu devia ser uma laranja podre.

Mal supero ambas as exclusões, vem o golpe baixo, para acabar comigo ou qualquer crença em um mundo justo, trata-se da minha última expulsão, estava lá escrito, bem grande para eu ler, “você foi excluído da comunidade, eu acredito no amor”. Meu mundo caiu, segundo Orkut sou uma pessoa sem identidade, invejosa e além de tudo, que fomenta o ódio. Segundo o Orkut, eu sou um ser humano intragável, alguém que ninguém quer ter por perto. Estou me sentindo no BBB, toda semana sou “emparedado” e eliminado.

Meu desespero foi imenso, fui à minha agenda, pegar o telefone da minha psicóloga, precisava de uma consulta urgente, para me reencontrar no mundo novamente, minha vida virtual estava em risco, minha reputação on-line, estava comprometida. Agora o que seria de mim, voltar para o mundo real?

Estava postando esse texto aqui no blog, quando recebi um e-mail, falando sobre os chamados “bug’s” do Orkut, com seus erros, como excluir membros de comunidades de forma aleatória, sem intenção é claro. Meu alívio foi enorme, estava me sentindo uma poeira no mundo, sem eira nem beira, mas enfim, minha moral estava restabelecida. Agora só quero saber com quem reclamo? O Orkut tem SAC? Vou processar o Orkut por danos morais irreversíveis e por difamação, até já dei início a minha vingança particular, entrei na comunidade “Eu odeio o Orkut”, só de sacanagem. Quero ver me excluírem dessa também.

Agora me deixa levantar daqui e viver a vida de verdade, acho que estou perdendo a noção da realidade e chegando a conclusão que o mundo virtual causa “sim” dependência. Caso você seja meu amigo virtual, não me exclua, ainda estou traumatizado.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Infância


Descrição: Cidadão 20 e poucos anos, blusa, bermuda e papete no pé, ouvindo um MP4 e chupando uma casquinha mista. Há algo de errado nisso? Parece que sim, esse era eu agora a pouco na rua, indo pagar uma conta e todo mundo ficava me encarando, de fato, muito suspeito, mas nem liguei, estava entredito na música, ouvindo Michael Jackson, eu adoro Michael Jackson, ele é bom demais, fala sério? Ouvindo ele me lembrei de crianças, vai saber por que né? Descobri o Michael na minha infância e ele já havia estourado no mundo.

Eu, quando era criança era bobo demais, não que não seja hoje, ainda sou, mas tento disfarçar, mas naquela época não fazia cerimônias para esconder, era meio bocó mesmo, daquele tipo de criança que empina pipa no ventilador e joga bolinha de gude no tapete, também tinha medo de tudo, tudo mesmo. Meu pai sempre me perguntava se eu era um homem ou um saco de batatas e eu com lágrimas nos olhos, respondia que era o saco, meu lema ainda criança era, "Mais vale um covarde vivo do que um herói morto". Ainda é.

Eu tive uma infância feliz, estava sempre no mundo da lua, gostava de desenvolver brincadeiras que vinham direto da minha imaginação, eu e meu amigo imaginário, o Breno, que aqui em casa todo mundo diz que eu só deixei de conversar com ele na vida adulta; Isso é motivo de piada na família até hoje. Eu e o Breno gostávamos de fazer receitas especiais, chupar gelo raspado do congelador com açúcar, misturar Nescau com água, comer pão com pasta de dente, entre uma caquinha de nariz e outra. Enfim, era uma criança “saudavelmente” normal.

Alfie menino de 13 anos, inglês, que ganha as manchetes do mundo inteiro por tornar-se pai, com toda certeza acha que minha infância foi chata, enquanto eu estava no muro fingindo ser um equilibrista, com uma platéia enorme, ele preferiu ficar no muro vendo as outras meninas mais velhas passarem, enquanto eu pulava amarelinha, ele optou em pular com outras meninas, pulou, pulou, e agora é papai.

Eu na minha infância queria aqueles robôs, que erguiam o braço, diziam qualquer comando e acendiam uma luz em seu dedo como se lançasse um raio mortal. Alfie leva a vida mais a sério do que eu, ele quis um brinquedo de verdade e está com um bebê em seus braços, que não soltará raios é verdade, mas dará muito trabalho aos inimigos intergalácticos.

Se o Alfie repetir alguns anos poderá estudar com o filho, jogar bola com ele, paquerar outras meninas, e até disputar quem “pega” mais na "balada". Isso se ele não estiver casado é claro. Alfie é bem dotado, e não pense por outro lado, já pensou né? Não sou malicioso como Alfie, quero dizer superdotado, na inteligência, pelo menos é o que eu imagino ou espero. Desses que vivem a frente do nosso tempo, tomara que ele já arrume um emprego, que seja promovido, que obtenha ascensão rapidamente, e que até abra sua própria empresa. E que ele faça uma linda coisa para ele mesmo e para humanidade, algo diferente de seus pais. Eduque seu filho.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Promessas, descobertas e decepções



Puxa vida, como está quente em são Paulo. Será que tem haver com o aquecimento global? Se tiver tomara que o Barack Obama resolva, digo isso porque também estou empolgado, pois em todo lugar leio algo sobre o Obama e tudo o que ele fará por nós e pelo bem do mundo. Torço para que tudo de certo, confesso que não é fácil crescer e quebrar a cara com o mundo aos poucos, e ver o arco-íris se dissipar com a realidade da vida.

Esse final de ano nem escrevi carta ao Papai Noel, escrevi para o Obama e tenho meus motivos, juro por Deus, que até hoje o tal de Noel nunca atendeu um único pedido meu, e olha que deixei todo tipo de meia pendurada, mandei instalar uma chaminé e nada do bom velhinho aparecer. Agora com o Obama eu estou mais confiante, já que todo mundo também está. Na carta pedi coisas singelas, uns pequenos desejos, mas mesmo que ele não realize, me consolo ao saber que o mundo está dando uma nova importância para suas crenças.

Anota aí, nas próximas eleições aparecerão vários sósias do Obama, em uma versão tupiniquim, porém com o mesmo penteado, o mesmo terno, o mesmo discurso, a mesma boa intenção, para nós será um prato cheio, acredito que nós brasileiros não precisamos de muito para votar; Precisamos apenas de uma boa promessa, somos o maior país católico do mundo e também prometemos demais, para o Padre, para nossos esposos (as), amigos e filhos. Vai ver é por isso acreditamos ou gostamos tanto de promessas.

Eu falo por mim é claro, nessa última eleição estava procurando uma boa promessa de algum político aqui na minha cidade (São Paulo) e fiquei eufórico com a possibilidade do Maluf "o rei do viaduto", prometer o tão sonhado estádio do Corinthians, já que ele mesmo diz que "construir é com ele mesmo". Se ele prometesse já estava garantido meu voto, mas ele não fez, prometeu coisas que já tinha prometido antes, promessas antigas nunca funcionam.

Muitas vezes me decepcionei, desde pequeno me prometeram mundos e fundos, cresci e aprendi a desconfiar das coisas, muitas vezes as aparências enganam e as descobertas dão-se aos poucos, em pequenas doses. Hoje estou sempre atento a tudo que pareça suspeito, como o fato de um coelho botar ovo de chocolate na Páscoa, ou a Gretchen entre um filme pornô e outro, candidatar-se a uma prefeitura. Aceitar que tem que ir ao Urologista depois de certa idade, ou que cargo político não é hereditário ou uma monarquia, apesar de parecer. Mas o que me deixou mais decepcionado, foi descobrir que a Vovó Mafalda não era bem uma Vovó, me dói só de saber que um dia eu quis sentar no seu colo.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O Mundo e seus custos


Fico pensando, apenas fico, porque não farei nada mesmo, mas fico pensando de qualquer forma, deve ser por causa dessa crise mundial, só pode, ou porque estou sem grana, aí fico pensando em como os outros gastam dinheiro.

Veja o caso do carnaval, a Mangueira, tradicional escola de samba, em 2008 gastou R$ 3 milhões, e fez um desfile maravilhoso, mérito é claro de toda sua comunidade, carente, porém imensamente talentosa, o único problema é que a comunidade faz a festa para os outros, já que a grande maioria dos moradores do morro não tem dinheiro para assistir ao desfile, porque não pega toda essa grana e investe no morro?.

Imagina, ao invés de gastar essa dinheirama em carros alegóricos poderiam fazer barracos alegóricos, inclusive com efeitos especiais de iluminação durante a noite, aí sim seria nota 10. Assisti uma matéria falando que os árabes já se prontificaram a socorrer o povo da Faixa de Gaza, com aproximadamente US$ 1 bilhão, para reconstruir o que foi destruído.

Só posso dizer que o mundo me surpreende a cada volta que dá, pois logo em seguida vi que a Disney gastará três vezes mais para construir seu novo parque na China, um total de US$ 3 bilhões. Estou pensando em escrever uma carta para a turma da Disney, tentando convencê-los em abandonar a idéia de fazer o parque na China e ao invés disso, ajudar os árabes com esse dinheiro a reerguer a Faixa de Gaza, pelo menos lá o Pluto e o Pateta não correriam riscos de serem comidos. Depois disso o Pato Donald até daria uma coletiva sobre como ele se sente mais humano ajudando quem precisa.

Em forma de gratidão os endereços lá ganhariam novos nomes, como Rua Tio Patinhas, Avenida Sete Anões, Condado do Pinóquio, enfim todo mundo ficaria mais feliz. Mas o mundo é assim mesmo, tem a sua forma toda peculiar de gastar dinheiro, o que é valoroso para uns, não é tanto para outros, e isso é muito cultural, cada povo tem sua forma de conduzir as coisas, tanto que fica impossível de imaginar o Mickey sendo japonês e não americano, ou o Jaspion sendo brasileiro e o nosso carnaval sendo chinês, Imagina se ao invés dos muçulmanos os chineses que fossem os “homens bombas”, teria um homem bomba para cada três pessoas no mundo. Melhor não pensar nisso, deixa como tá.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Espíritos


Esses dias alguém me perguntou se os textos que lê aqui no blog são de minha autoria; Respondi que sim, mas fiquei intrigado, talvez ele tivesse achado que eu era um ladrão de textos, ou então desconfiou que eu andasse psicografando de algum espírito, coisa muito comum hoje em dia.

Outro dia até li um texto psicografado, o único problema é que continha vários erros de português, talvez fosse um espírito repetente, ou semi-analfabeto, sorte mesmo tem a Zibia Gasparetto, o espírito que ela psicografa, escreve muito bem e vende milhões de livros; Mas como não quero correr esse risco, prefiro escrever eu mesmo, até porque não tenho talento algum em psicografar, e além de tudo tenho pavor desses lances mediúnicos, fantasmas, espíritos, essas coisas paranormais me deixam angustiado.

Hoje mesmo, pela manhã acordei com um barulho na sala, fiquei apavorado, era o som de alguém jogando moedas, quem diabo iria acordar cedo e jogar moedas pela casa? Não tive coragem nem de colocar a cabeça para fora do cobertor, fiquei ali só escutando, sem coragem para nada, fiquei pedindo para acordar, aquilo só podia ser um pesadelo, mas como não acordei, percebi que era real.

Apelei e comecei a rezar para Deus, que não interveio, talvez estivesse chateado comigo, já que na última noite, tinha esquecido de agradecer-lhe pelo meu dia. Foi aí que saquei tudo, era isso, só podia ser coisa de Deus, queria-me ver borrado de medo, de certo mandou um anjo aprontar essa comigo.

Ouvi barulho na pia do banheiro, a água escorria, e aquilo me gelava de medo, então veio o silêncio, mais nada, sumiu tudo, era só o silêncio, então foi aí que ouvi a sonora descarga, pois é, a descarga... É fogo ser bundão.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Eu e as Drogas


Meu consumo de drogas está elevado, eu assumo, sou um dependente, comecei com coisas leves, mas cheguei num estágio complicado, perdi total controle, eu confesso. No início fui curioso e experimentei assistir o programa da Luciana Gimenez, foram alguns minutos, para eu ficar completamente interessado pelo tema do programa, “Funk denigre a mulher?”.

No dia seguinte já estava assistindo de novo, onde contemplava o tema “Sou Maria Chuteira e daí?”. Acompanhei uma rica discussão acerca do mesmo, até liguei para o programa querendo dar minha opinião, mas como não era jogador de futebol famoso, apenas de fim de semana com os amigos, não consegui.

O final de semana chegou e achei que teria um momento de paz, e quem sabe restabelecer minha saúde mental, mas ao zapear os canais tive a infeliz idéia de assistir o Domingo Legal com o Gugu, aquele mesmo que já me enganou com a história de entrevistar membros do PCC, e no final era tudo uma farsa, eu ia até trocar de canal quando me lembrei dessa história, mas quando vi aquelas modelos mostrando a calcinha, com a bunda de fora, dançando uma música, cujo refrão era algo do tipo “eu balanço para você ficar louco” não resisti, a carne é fraca e fiquei ali por mais um tempo, engolindo aquelas atrações extasiantes.

Estou ligadão, como dizem por aí, por dentro de quadros de fofocas, Jornalismo sensacionalista, humor apelativo, tudo isso tem feito parte do meu dia a dia de viciado; O que consumo de mais leve é aquele programa que mostra só as mãos das modelos vendendo jóias caras, que particularmente acho eletrizante, fico torcendo para eles venderem tudo, assim elas podem colocar novos anéis na mão.

Só comecei a me dar conta desse meu vício por drogas, quando numa manhã ao me olhar no espelho, notei uma cara levemente de bunda, então decidi escrever essa crônica, também como uma carta, estou procurando ajuda, quero sair dessa, agora que começou o BBB9, estou com muito medo, não quero ter uma overdose.

Essa crônica está sendo enviada à Márcia Goldschmidt, até sugiro o tema para programa “Me ajuda, estou viciado em drogas como o seu programa”, caso ela não aceite, ainda posso tentar o programa Casos de Família, pelo menos a Regina Volpato é mais bonita.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Paralelo


Fui comprar um CD de jogo, ao chegar à loja solicitei o titulo do qual estava interessado, então o vendedor me perguntou se queria o original, ou o paralelo, me senti até mais tranqüilo em comprar, é difícil comprar algo pirata, você sempre se sente culpado depois, pelo menos eu me sinto, é uma sensação de estar destruindo a sociedade politicamente correta, mas já que ele o chamou de paralelo fiquei mais aliviado, é mais fácil falar que compro produtos paralelos do que piratas, parece que é um produto produzido em outra dimensão. Até achei que é igual você ir à farmácia e pedir o remédio genérico ao invés do “de marca”. Falando em remédio genérico, ao passar pelo centro de São Paulo me deparei com uma roda de pessoas, aproximadamente umas 20 ou 30 (sou péssimo de conta), estavam todos olhando um rapaz que falava alto, batia palmas e oferecia à todos uma pomada, que segundo ele limpava a pele, curava ferida, combatia alergia, tirava dores do corpo, dor de cabeça e até dor do rim, um produto paralelo maravilhoso, milagroso, vendida a um preço ínfimo perto de todos esses remédios que você teria que comprar para curar-se de todas essas doenças, morri de vontade de comprar umas 30 unidades, e estocar em casa, e garantir minha saúde pelo resto da vida. Poderia até fundar uma nova igreja, com o nome de “Congregação Pomada Paralela da Fé”, mas como a pomada não curava cegueira e nem paralisia, abandonei a idéia. Novela também é assim, caso não queira ver a novela da Globo, você pode assistir uma novela Mexicana. Já na política, quando você se enche de votar no Lula, ou no Serra, você pode votar num político paralelo, como o Levy Fidelix, eu iria citar o Enéias, mas esse já se foi e deixou uma herança de paralelos dele mesmo, como a Doutora Havanir entre outros. O paralelo está aí ao nosso lado, como uma segunda opção, mais barata, é claro que as vezes o Paralelo saí mais caro, vide o Ronaldo Fenômeno com suas mulheres paralelas no Rio de Janeiro.