quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Romeu Montoro

As eleições 2008 chegaram ao fim e com ela livrei-me de minha sina, que carrego por alguns anos nesta perene vida; Essa sina tem nome e sobrenome, chamasse E.E Romeu Montoro, bate na madeira 3 vezes, querido leitor (a), escola localizada na zona leste de São Paulo. Tudo começou na minha doce infância, estudava em Santo André, ia todo dia feliz para minha amada escola, e durante o trajeto passava bem em frente à outra escola, o Romeu Montoro, uma escola escura, estranha, com ar sombrio, até me arrepiava, dava graças a Deus por estudar em uma boa escola, e não no Romeu Montoro, e até jurava que nunca iria estudar nela, tinha até pena das outras crianças que não tinham a mesma sorte que a aminha. Porém minha sorte acabou, e me vi matriculado no Romeu Montoro, ou era isso, ou ficava sem escola aquele ano, e lá permaneci de 1997 a 2001, não vou dizer que foi horrível assim como imaginara, mas também não vou afirmar que foi bom, fiz colegas e até aprendi ser um grande jogador de truco, fui campeão e tudo, (uns dos poucos talentos que tenho). Lá colecionei várias histórias, e até algumas que apesar de eu jurar que são mentirosas, tem uns amigos dessa data que afirmam serem verídicas, como a que fui preso no armário pelos outros alunos e só saí de lá, horas depois, mas juro que isso nunca aconteceu, viu “Casula”? Seu fofoqueiro. Mas histórias a parte, sempre senti que não fazia parte daquele lugar, precisa acabar logo os estudos, para nunca mais voltar ali, houve um dia que até fui pego pelo colarinho pela inspetora, só porque não estava trajando o uniforme, enfim, a cada ano detestava mais o Romeu Montoro e contava os anos para acabarem os estudos. Os anos acabaram, porém quando chegou à idade de eu iniciar meu direito político de votar, a escola mais próxima para escolher era o próprio Romeu Montoro, o que me deixou com muita raiva, mas sem saída, como a votação era só a cada 2 anos, aceitei, e jurei que só voltaria naquela escola a cada dois anos para votar, que mal haveria não é mesmo? Era suportável, podia tocar minha vida, e só pisar lá para votar a cada dois anos. Iniciei a faculdade e uma nova etapa na minha vida, todavia, como não tinha dinheiro para pagar o ensino superior, optei em participar de um programa do Governo no qual pagaria uma bolsa para mim, em troca de serviços prestados em escola pública. Aprovado no programa do Governo, fui escalado para trabalhar advinha em qual escola? Pois é, acertou, no Romeu Montoro, mais uma vez, me vi sem saída, era isso, ou largaria a faculdade, e lá fui, trabalhei todos os finais de semana, por mais de um ano, tinha voltado para o lugar que mais detestava no mundo, quando estava próximo de me formar, desliguei-me do programa do Governo e com isso não precisei mais trabalhar no Romeu, até hoje não consigo explicitar minha alegria de ter me livrado de lá, só faltou eu dar uma festa. O fato é que minha alegria deve prazo de validade, o destino me reservou outra surpresa, logo no ano seguinte fui convocado para ser mesário nas eleições presidenciais de 2006, nem preciso dizer para qual escola fui escalado né? Não sei se o universo conspira contra mim, mas que parece isso parece. Quando as eleições desse ano se aproximaram, me tranquei em casa, e não atendi nenhuma vez o carteiro, e nem abri as cartas, morrendo de medo de receber novamente a convocação, até pensei em arrumar mais dois cachorros, para afugentar carteiros com más notícias. Enfim não houve necessidade, esse ano não fui escalado, para meu alivio, só voltei mesmo para votar, vamos ver até quando essa minha sina vai dar trégua...

Abraços

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Eu sabia tudo, até que ...

Aí que bronca. Você também tem daqueles amigos sabidão? Que tem opinião formada sobre tudo, que sempre sabe uma coisinha a mais, por isso julga entender bem mais que você? São verdadeiros poços de cultura, não só brasileira como mundial, é um sujeito antenado nas novidades, está sempre inserido nos grandes acontecimentos mundiais. É aquele na sala de aula que responde a todas as perguntas do professor, e exibe aquele sorriso amarelo vitorioso para o resto da sala, é aquele colega no trabalho que sempre tem uma idéia a mais para melhorar a sua, ele adora complementar sua fala com “mas”, assim que você conclui seu raciocínio ele completa, “mas e se nós acrescentássemos isso...”. É, não é simples vencê-los, sempre farão parte das nossas vidas, o que serve de consolo, é que nos resta à alternativa de fazer piadas jocosas dessas criaturas quase divinas, eles nunca percebem, são muito sérios para isso. Claro, faço uma ressalva para aqueles que não fazem isso por mal, mas sem querer mesmo. Na faculdade tive o prazer de estudar com uma gaúcha da gema, que tomava chimarrão e tudo, entre um chimarrão e outro ela também bebericava umas pequenas doses de conteúdo alcoólico, o que garantia alegria para toda sala, com seus comentários sempre divertidos. Numa aula de língua portuguesa a professora colocara na lousa a seguinte frase: “Está chovendo muito” e perguntou qual advérbio, e a gaúcha respondeu com toda pompa, ciente do que estava falando, “Advérbio de tempo professora, pois está chovendo”, que saudade da gaúcha, sabia das coisas, sabia da vida, sabia ser feliz, não é como esses “sabe-tudo”, que no fundo, não sabem o quanto é bom fazer silêncio às vezes. Escrevi tudo isso como um desabafo, mas não contra um amigo que eu tenha, mas contra eu mesmo, tem horas que eu poderia ficar quieto e evitar com isso situações constrangedoras como vivenciei em pleno dia do meu aniversário. Um amigo veio conversar comigo e estava contando como foi trabalhar de mesário nessa eleição, de como enfrentou situações adversas, como o caso da mulher analfabeta que foi votar, e a forma como fez para ajudá-la a exercer seu direito de cidadã. A certo ponto, com ar professoral eu o interrompi, e o indaguei como pode alguém assim ir votar? Porque antes não foi procurar um cursinho de alfabetização, que existem aos montes hoje em dia, todos gratuitos e de ótima qualidade, enfim, a pessoa tem que ter força de vontade, tem que ir atrás de aprender a ler e a escrever, para assim poder exercer sua cidadania, com plena consciência. Quanto mais falava, mais me empolgava, parecia um Lula miniatura, fazendo seus discursos arrebatares no tempo de sindicado, falava com ênfase, com autoridade, com domínio, com grande conhecimento de causa, Até ser interrompido pelo meu amigo com uma cara revoltada dizendo-me “Olha Neto, minha mãe também é analfabeta, não é bem assim”. Depois dessa não me restou trocar de assunto, e perguntar se ele assistiu ao jogo do Corinthians. O mundo não é para os manés que acham que sabem tudo.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Entrevistas


Acredita que eu dei aula de Marketing pessoal? Logo eu que não passei em nem 1% das entrevistas para emprego que já fiz, fico pensando às vezes se meus alunos tiveram mais sorte do que eu. Juro que ensinei certinho, mas a verdade é que sempre tive pavor de entrevista, sei lá, na hora sempre travo e até esqueço meu nome, quanto mais minhas qualificações. Também na entrevista te fazem cada pergunta, uma das que eu mais tenho bronca é, qual seu defeito? Óbvio que eu não tenho, pelo menos eu acho, mas quem disse que eles acreditam. O pior é que há vagas de emprego, mais difícil de conquistar do que a copa do mundo, assim que você chega é logo avisado que o tal do processo seletivo será cinco fases. Fico me perguntando, se numa dessas fases eu possa também conseguir o índice olímpico, mas aí já não sei, o que sei é que nessas nunca nem passei da primeira fase, e para falar a verdade nem sei o porquê, se fiz algo errado, ou só porque não tenho defeitos? Sem falar, que a maioria nem te avisa o motivo da eliminação, e quando te avisam é através de um email com a seguinte frase “você não faz parte do nosso perfil”. Já recebi vários desses, se a empresa deles tem defeitos realmente não quero fazer parte. Um dia mesmo, estava com tanta raiva que respondi de volta o e-mail, assim “Pensando bem, sua empresa também não faz parte do meu perfil, que bom que percebi a tempo”. Essa empresa era a Coog, conceituada fabricante de calçados de pneu. A moça do RH nunca me respondeu de volta, acho que agora nunca mais conseguirei algo lá. Em outra entrevista, fui eliminado num teste de fazer riscos no papel, acredita? Fiquei intrigado por saber que tem gente que risca melhor que eu, afinal, que critério foi usado? Em outra, numa dinâmica em grupo, ao se apresentar um rapaz relatou sua breve experiência profissional, eu ouvindo aquilo já tinha certeza que ele até poderia ser contrato para ser o presidente da empresa, quase me levantei e bati palmas para ele, e em seguida sairia da dinâmica, por motivos de concorrência desleal. Mas também já estive do outro lado, certa empresa que trabalhava, fui convocado a selecionar um rapaz para fazer panfletagem, então procurei pela vizinhança, até que encontrei um moleque franzino dos seus 14 anos e o chamei para panfletar. No dia seguinte ele estava no horário combinado, pronto para iniciar seu trabalho, quando o dono da empresa encostou, chamou, eu e o garoto para sua sala, ele queria entrevista-lo, não entendi, mas levei o garoto para sua sala. O dono então perguntou para o garoto se ele tinha experiências anteriores, pediu que ele encenasse como se colocava panfleto no portão. Eu olhava sem crer no pedido, e o garoto sem entender olhava para mim, querendo saber se o que o dono pedia era para valer, eu com a cabeça consentia que sim, então o garoto encenava, uma coisa linda de se ver, se ele não fosse aprovado para fazer panfletagem, ele poderia seguir carreira como ator. O auge dessa entrevista foi quando o dono perguntou para o garoto qual era o seu plano de carreira. Fiquei torcendo para ele não responder jogador de futebol. Assim que saímos da sala eu olhei para o garoto, que ainda estava com cara de susto e disse, “não vai jogar essa merda no bueiro, senão sua carreira vai para o lixo” e ele saiu rindo, mais tranqüilo.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

O casamento da Tati e do Douglas (Parte 2)

A festa em si, não muda de outras festas de casamento, aliás, toda festa de casamento é igual, já reparou? Ou é coisa da minha cabeça? Tem quem fique sentado a noite toda, mas no outro dia diz que a festa tava uma animação que só; Também há aqueles que levantam para dançar, primeiro com passos tímidos, de um para cá e dois para lá, mas após três latas de cerveja, começa performances únicas; Tem a noiva que as crianças juram ser uma cinderela, mas não acham que o noivo seja um príncipe, já que não o viram chegar de cavalo; Falando nele, o noivo sempre com cara de tarado, doido para levar a noiva logo para a lua mel e consumar o casamento. Falando nisso, agora tenho minhas dúvidas, consumar tem haver com consumir? Logo o noivo é consumidor? Bom, vamos pular essa parte. Voltando para a festa, os pais que não param de chorar e falar de como eles eram pequenos; O buque, que quem sempre pega é a melhor amiga da noiva, e não a encalhada da festa; O clássico amigo bêbado que faz discursos sobre a sobriedade no relacionamento; E por fim um tonto que fica vendo tudo isso para escrever sobre a festa depois.
A coisa mais linda, da festa, obvio, foi à noiva, a segunda coisa mais linda, foi um vídeo que carinhosamente eu e minha outra irmã (Taina) fizemos para passar a todos. Modéstia parte, um vídeo lindo de morrer, mesmo ninguém morrendo claro. Um vídeo, que levou muitos às lagrimas, outros às risadas gostosas, a pele arrepiada, coisa linda de se ver, com fotos de antes e de agora do casal de pombos, Tudo ia bem até o encerramento do vídeo com a seguinte frase:
“Agraçemos a todos por comparecerem, carinhosamente Tati e Douglas”
Percebeu? Agradecemos, está escrito errado, teve gente que nem percebeu, ou se percebeu ninguém falou nada, não podia quebrar a magia do evento. Eu saí pela esquerda e corri para o banheiro, a Taina minha irmã, fugiu pela direita a caminho da rua. Até hoje nas reuniões de família, culpamos um ao outro, mas eu juro que foi ela que finalizou o vídeo. Assume Taina.

Beijos a todos.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

O casamento da Tati e do Douglas ( Parte 1 )






Essa semana, deixei de ir a um casamento, uma pena, pois adoro casório, o último que fui, tem um tempinho,foi no fim do ano passado, onde minha irmã Tatiana casou-se com Douglas. Tenho muitas lembranças desse belo dia, que não foi contado em contos de fadas, porque ainda é muito recente, mas que merecia, merecia.

A única diferença é que ao invés de começar com “era uma vez” começou com meu cunhado (noivo), que já estava na igreja como de praxe, esperando a noiva, minha irmã (óbvio), e ao telefone ele fala assim comigo, sem exageros:
“Neto, seu filho da puta, você é o padrinho, o que ta fazendo aí ainda, você já devia estar na igreja há uma hora, cadê a Tati, ela ligou? Vem para cá caralho”...
Tum... Tum... Tum...

Nem deu tempo para responder, mas viu só que início lindo? Tá certo que mais tarde na cerimônia onde os padrinhos cumprimentaram os noivos, ele disse que me amava, nunca superei isso.

A verdade é que nesse dia foi uma bagunça; imagina, que o ponto de encontro por parte dos convidados era justamente na minha casa, e naquele dia fiquei sozinho, pois a família inteira foi para o salão de beleza, se embelezar para o casório, e me deixou em casa, recebendo os convivas, os padrinhos, ligações do noivo estressado a cada cinco minutos, menos um santo, que seria uma desculpa para eu pirar e mandar todo mundo, você sabe para onde.

De casa saiu uma comitiva, e advinha para quem o motorista que guiava perguntou o caminho da igreja? Acertou, eu! O ruim era que eu nunca havia ido nessa igreja, e o motorista penou para achá-la, e durante todo caminho olhava feio para mim, eu perguntei, mas ele disse que era alergia no olho, sei não viu, sei não. O fato é que mesmo com todos os atrasos, que faz parte, claro, a cerimônia começou e acabou de forma emocionante. Chorei muito, chorei demais, parecia uma fonte, mas foi de raiva, e não de emoção.

Acabada a cerimônia, fomos todos à festa, parecia tudo indo bem e eu até me encontrava mais calmo, e tendo em mente que a noite prometia, não só prometeu como cumpriu , advinha? Nem tenta, você jamais adivinhará; O pai da noiva sumiu, no caminho entre a igreja e o salão de festa; Deve quem falou que ele fugiu de desgosto, devia ter desaprovado o casamento, que foi buscar o facão para matar o noivo, e coisas assim, até hoje ele não esclareceu o que houve aquele dia. O que houve pai? Todo mundo quer saber.

Na festa o que mais achei legal foi passar a gravata, para faturar algum para o noivo, gastar na sua lua de mel, e olha que foi boa a coisa viu, quase pedi comissão, até cheque pegamos; Nisso deve um amigo da família, que pegou um “teco” da gravata fiado, isso mesmo, fiado, para pagar depois, dá para acreditar? O fato é que ele não pagou ainda; Espero que ele leia isso, e saiba que o Douglas pediu o dinheiro, ou o “teco” da gravata de volta.

Ainda não acabou. Aguarde que esse post continua

domingo, 18 de maio de 2008

Hippie pobre; Prêmio; E revelações de uma jovem senhora


Não sei muito sobre o mundo hippie, tão pouco minha pesquisa resultou em algo, contudo decidi ir caracterizado desse personagem a festa de aniversário de uma amiga de minha irmã, que tinha como tema os anos 60 a 80, me faltou criatividade e grana, devem ser esses os motivos, pois apesar de toda minha consulta no Google, acabei vestido de qualquer personagem menos de hippie. Assim que me olhei no espelho caí na risada, fiquei mais parecido com um cigano, pirata, ou qualquer outra coisa, como disse minha irmã, mas hippie? Para isso faltou muito. Fui assim mesmo à festa e lá me senti o hippie mais pobre, fui suplantado pelos outros hippies, mais coloridos, inclusive um que achei ser o animador da festa, tão bizarra era sua fantasia, mas fiquei sabendo ser o pai da aniversariante e não o palhaço. Mal na vestimenta restou-me chamar atenção por outros elementos, como minha grande capacidade de dançar, e com minha irmã abri o salão, dançamos aos olhos curiosos de todos, dançamos com maestria, com desenvoltura, com talento, com beleza e graça. Mentira claro; Dancei mais como um pato fora da água, pois também não sabia dançar músicas dessa época, e mesmo com um desempenho cômico, ganhamos eu ela, das mãos do DJ, o prêmio de melhor casal da pista. Juro, não foi armação, nunca ganhei um prêmio assim, mas dessa vez fomos os astros da pista, me senti o John Travolta, nos embalos de sábado à noite, fomos chamados ao palco para receber as palmas de todos, me sentia com tudo, o centro da festa, de hippie pobre, passei a ser o hippie campeão, estava no meu ápice, me sentindo o cara, tanto que assim que o DJ perguntou nossos nomes eu disse a ele apenas o meu, ele então perguntou o nome de minha parceira de dança e eu respondi “Não importa o nome dela, o importante é o meu mesmo” Mas ela percebeu que eu queria roubar a cena, e disse seu nome ao DJ, então tive que dividir a fama.

O que foi constrangedor nessa história foi como ele nos chamou ao palco, pegou o microfone, parou a música e disse assim:

“Pessoal, vou premiar o casal da noite” apontou para nós e continuou, “Você moça com esse belo vestido vermelho, e você rapaz usando... usando... usando... essa roupa de... de... de... você que ta com ela, sobe aqui ao palco”

De fato eu não parecia um hippie, não parecia com nada. Mas quem liga? O que importava era ganhar o prêmio de melhor casal da pista; Bom, a que se dizer que nós éramos o único casal. Sério; Só havia nós, e um monte de mulher dançando sem par. Olhando pelo lado positivo, pior era ter perdido o prêmio não é?

Depois vieram os parabéns para a aniversariante, o corte do bolo, os choros, declarações, discursos e começaram as fotos, durante essa sessão, ouvi uma pérola daquelas que se me contam, que aconteceu eu não acredito, então fique livre para não crer no que vou contar, mas aviso que tenho testemunhas. Estávamos eu, meu cunhado, (que como diz ele, se fosse bom não começa com cú) e minha irmã, quando encostou a nós uma mulher, devia ter seus 40 anos, não era bonita e nem feia, mas isso não interessa, e sim o que ela disse:

“To cansada de tirar fotos”.

Minha irmã, com educação, respondeu que também, e a mulher prosseguiu:

“Já tirei muitas fotos hoje, para o Globo Rural”

Ficamos mudos sem entender nada e ela fechou com chave de ouro, depois de perguntarmos por que Globo Rural?

“Porque eu sou uma vaca”

Eu juro que ela não estava bêbada, e nem nós, mas que ela disse isso, disse.

Viva os hippies, sexo, drogas e rock in roll, tudo com um punhado de besteira.