terça-feira, 24 de março de 2009

Vamos descer o nível?

Vamos descer o nível nesse post? Só um pouquinho, juro que não vai doer.
Outro dia li um comentário muito engraçado na internet, onde falava sobre a mulher melancia, que segundo o comentarista deixou de ser quase gorda, para ser quase gostosa, isso porque tem gente, que ainda acha ela quase gorda. Será que estamos numa inversão de valores quantitativos? Antes discutíamos qualidade, agora quantidade também é qualidade?O povo da cidade de Itu, que pode falar bem disso, já que é conhecida por sua enormidade; Então fui falar com um amigo que mora lá, mas afirmou ser lenda que lá tudo é enorme, como afirmam aqui na cidade grande, lá é tudo do tamanho normal, disse ele. Está certo que esse meu amigo não é lá muito pequeno e sim um gordinho simpático, mas se ele me disse, acredito.

E com tanta discussão sobre tamanhos, me lembro da celebre frase, que ouvimos um milhão de vezes durante a vida, “tamanho não é documento”. Queria muito saber quem inventou essa frase, se ele (a), tinha muito ou pouco documento. Aqui mesmo um amigo é carinhosamente chamado de P.P. (Instrumento pequeno), e quem disse que ele liga? Não liga, tanto não liga que não o vejo mais na rua a pelo menos três semanas, nem vem tomar satisfação, grande espírito o dele né? O espírito, por que… Bom, deixa para lá.

Mas sobre tamanhos, a idéia mais curiosa que ouvi, foi de um futuro grande empreendedor, que mora aqui perto, e após 13 latinhas de cerveja (não fui eu que contei), disse que se tivesse um empreendimento, seria uma casa noturna de anãs; Veja você, uma casa da luz vermelha só com anãs, as mais belas do Brasil, segundo ele. Essa mente brilhante tem 1,90 de altura, e diz que todo homem gosta mesmo é de anã. Ninguém na roda concordou, mas ele nem se importou e já lançou seus slogans de marketing.
“Pague inteira, mas leve meia”.

“Estudante aqui, também paga meia”.

“É só impressão, mas aqui o serviço não é pela metade”.

“Leve duas pague uma”.

“Faça mais com menos” (minha preferida).

“Na altura dos seus sonhos”.

Incrível, como conseguimos pensar uma enormidade de banalidades por minuto né? Na próxima semana prometo subir o nível de novo, nem sempre agente acerta né? Nem mesmo o Luis Fernando Veríssimo, quer dizer, esse acerta sim.

terça-feira, 17 de março de 2009

Saúde ou Insanidade

Tem coisas que me deixam espantando na vida, como a que ocorreu esses dias, presenciei uma cena curiosa, vi duas pessoas abrindo um verdadeiro debate, para saber quem mais sofreu no hospital com o ataque de suas respectivas úlceras, ambos contavam verdadeiras epopéias, de como venceram a doença, seus olhos brilhavam de orgulho contanto suas batalhas no certame hospitalar, o auge foi quando exibiram suas cicatrizes de operação, pareciam ostentar verdadeiras marcas de guerra, que provavam suas onipotências e com sorriso no rosto diziam, “eu venci a morte”, como se a Morte ligasse ter perdido, e se ligar, será que ela vai querer revanche? Tomara que não.

A verdade é que há gente contanto vantagem sobre tudo, seja quem “pegou” mais na balada, quem ganha o melhor salário, quem freqüenta os melhores lugares, quem ganha mais presentes, quem tem mais amigos no orkut, mais contatos no msn, enfim, contar vantagem é uma coisa da natureza do ser humano, mas vantagem por doença, já é complicado né?

Comecei a reparar mais, toda vez, que alguém vem contar algo que aconteceu relativo à saúde, o outro interlocutor, já se prepara para contar também suas experiências, e caso ele não tenha passado pelo mesmo, conhece alguém que passou, nem que seja o amigo do amigo, mas conhece, além é claro de ter sempre uma receita milagrosa para cura do problema, e quando você pergunta se ele já usou, desconversa, dizendo que não teve oportunidade, mas que funciona, pode apostar que funciona. De fato, de medico e louco todo mundo tem um pouco.

A inovação mais legal que fizeram até hoje, foi levar gôndolas para as farmácias, antes tínhamos vergonha de pedir vários remédios no balcão, agora é só fazer a lista e encher a cestinha, aliás, elas já estão quase do mesmo tamanho da cesta do supermercado, não vejo a hora de emplacarem também o sistema do carrinho, e até mesmo a venda no atacado. Você já percebeu que existem algumas empresas que entre os benefícios dados para seus funcionários, está dando o “vale remédio”? Até na cesta básica, não se assuste se entre o arroz e o feijão vier o analgésico junto.

Pois é, remédio tornou-se uma tentação, ganharam cores, sabores, artistas belos e bem sucedidos para promovê-los; Tomar remédio já é algo inerente a todos nós; Agora, o que mais me chama atenção são seus nomes muitos atrativos, que só de ler já é um convite ao consumo compulsivo, eu mesmo adoro quando leio Paracetamol, Diclofenaco Sódico, Amoxicilina, mas para mim, o que me deixa doidão de vontade de provar quando leio, é o Ibuprofeno, vendo pelo nome, deve ser de arrasar quarteirão hein? Bom, vou lá na farmácia e já volto.

terça-feira, 3 de março de 2009

Você é On?


Vem cá, me responde uma coisa, você é on?

Você está “linkado” a rede mundial de computadores? Você faz parte de quantas comunidades virtuais? Você tem mais amigos virtuais do que de carne e osso? Você fala “miguxes”? Você tem um Avatar? Nada disso? Então segundo alguns, você é out.

A internet é o lugar que te leva ao mundo inteiro, você pode fazer amizades com pessoas de cada canto do planeta, o lugar onde se concentra as pessoas mais lindas e espertas que já se ouviu falar, na internet ninguém é feio, sem forma ou sem cultura, todos são misteriosos, atraentes e com vidas cheias de aventuras. Eu mesmo, já emplaquei três namoros virtuais, mas nada que me fizesse querer conhecer a garota pessoalmente, para não quebrar o encanto, nem o meu e nem o dela. Isso mesmo, a internet é um conto de fadas, nela você é livre para ser o que quiser e para enganar quem você quiser também.

E pensar que eu estava quase largando tudo isso, esse mundo lindo, com essas pessoas maravilhosas, já que andei levando alguns sustos com o Orkut. O fato, é que os últimos acontecimentos me deixaram paranóico, revelando o que a internet pensa sobre a minha pessoa, e não foram bons pensamentos. Tudo começou quando notei, que eu havia sido expulso da comunidade dos Vegetarianos, sem qualquer prévia satisfação, será que descobriram que nesse ano eu já compareci a 3 churrascos? Se for, tudo bem, sei que tenho culpa no cartório, mas o que não sai da minha cabeça, é também ter sido excluído da comunidade “sua inveja me fortalece”. Era tudo o que me faltava, ser visto como invejoso que estava lá na comunidade apenas de olho gordo na felicidade dos outros, dá para acreditar? Para eles eu devia ser uma laranja podre.

Mal supero ambas as exclusões, vem o golpe baixo, para acabar comigo ou qualquer crença em um mundo justo, trata-se da minha última expulsão, estava lá escrito, bem grande para eu ler, “você foi excluído da comunidade, eu acredito no amor”. Meu mundo caiu, segundo Orkut sou uma pessoa sem identidade, invejosa e além de tudo, que fomenta o ódio. Segundo o Orkut, eu sou um ser humano intragável, alguém que ninguém quer ter por perto. Estou me sentindo no BBB, toda semana sou “emparedado” e eliminado.

Meu desespero foi imenso, fui à minha agenda, pegar o telefone da minha psicóloga, precisava de uma consulta urgente, para me reencontrar no mundo novamente, minha vida virtual estava em risco, minha reputação on-line, estava comprometida. Agora o que seria de mim, voltar para o mundo real?

Estava postando esse texto aqui no blog, quando recebi um e-mail, falando sobre os chamados “bug’s” do Orkut, com seus erros, como excluir membros de comunidades de forma aleatória, sem intenção é claro. Meu alívio foi enorme, estava me sentindo uma poeira no mundo, sem eira nem beira, mas enfim, minha moral estava restabelecida. Agora só quero saber com quem reclamo? O Orkut tem SAC? Vou processar o Orkut por danos morais irreversíveis e por difamação, até já dei início a minha vingança particular, entrei na comunidade “Eu odeio o Orkut”, só de sacanagem. Quero ver me excluírem dessa também.

Agora me deixa levantar daqui e viver a vida de verdade, acho que estou perdendo a noção da realidade e chegando a conclusão que o mundo virtual causa “sim” dependência. Caso você seja meu amigo virtual, não me exclua, ainda estou traumatizado.