terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Espíritos


Esses dias alguém me perguntou se os textos que lê aqui no blog são de minha autoria; Respondi que sim, mas fiquei intrigado, talvez ele tivesse achado que eu era um ladrão de textos, ou então desconfiou que eu andasse psicografando de algum espírito, coisa muito comum hoje em dia.

Outro dia até li um texto psicografado, o único problema é que continha vários erros de português, talvez fosse um espírito repetente, ou semi-analfabeto, sorte mesmo tem a Zibia Gasparetto, o espírito que ela psicografa, escreve muito bem e vende milhões de livros; Mas como não quero correr esse risco, prefiro escrever eu mesmo, até porque não tenho talento algum em psicografar, e além de tudo tenho pavor desses lances mediúnicos, fantasmas, espíritos, essas coisas paranormais me deixam angustiado.

Hoje mesmo, pela manhã acordei com um barulho na sala, fiquei apavorado, era o som de alguém jogando moedas, quem diabo iria acordar cedo e jogar moedas pela casa? Não tive coragem nem de colocar a cabeça para fora do cobertor, fiquei ali só escutando, sem coragem para nada, fiquei pedindo para acordar, aquilo só podia ser um pesadelo, mas como não acordei, percebi que era real.

Apelei e comecei a rezar para Deus, que não interveio, talvez estivesse chateado comigo, já que na última noite, tinha esquecido de agradecer-lhe pelo meu dia. Foi aí que saquei tudo, era isso, só podia ser coisa de Deus, queria-me ver borrado de medo, de certo mandou um anjo aprontar essa comigo.

Ouvi barulho na pia do banheiro, a água escorria, e aquilo me gelava de medo, então veio o silêncio, mais nada, sumiu tudo, era só o silêncio, então foi aí que ouvi a sonora descarga, pois é, a descarga... É fogo ser bundão.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Eu e as Drogas


Meu consumo de drogas está elevado, eu assumo, sou um dependente, comecei com coisas leves, mas cheguei num estágio complicado, perdi total controle, eu confesso. No início fui curioso e experimentei assistir o programa da Luciana Gimenez, foram alguns minutos, para eu ficar completamente interessado pelo tema do programa, “Funk denigre a mulher?”.

No dia seguinte já estava assistindo de novo, onde contemplava o tema “Sou Maria Chuteira e daí?”. Acompanhei uma rica discussão acerca do mesmo, até liguei para o programa querendo dar minha opinião, mas como não era jogador de futebol famoso, apenas de fim de semana com os amigos, não consegui.

O final de semana chegou e achei que teria um momento de paz, e quem sabe restabelecer minha saúde mental, mas ao zapear os canais tive a infeliz idéia de assistir o Domingo Legal com o Gugu, aquele mesmo que já me enganou com a história de entrevistar membros do PCC, e no final era tudo uma farsa, eu ia até trocar de canal quando me lembrei dessa história, mas quando vi aquelas modelos mostrando a calcinha, com a bunda de fora, dançando uma música, cujo refrão era algo do tipo “eu balanço para você ficar louco” não resisti, a carne é fraca e fiquei ali por mais um tempo, engolindo aquelas atrações extasiantes.

Estou ligadão, como dizem por aí, por dentro de quadros de fofocas, Jornalismo sensacionalista, humor apelativo, tudo isso tem feito parte do meu dia a dia de viciado; O que consumo de mais leve é aquele programa que mostra só as mãos das modelos vendendo jóias caras, que particularmente acho eletrizante, fico torcendo para eles venderem tudo, assim elas podem colocar novos anéis na mão.

Só comecei a me dar conta desse meu vício por drogas, quando numa manhã ao me olhar no espelho, notei uma cara levemente de bunda, então decidi escrever essa crônica, também como uma carta, estou procurando ajuda, quero sair dessa, agora que começou o BBB9, estou com muito medo, não quero ter uma overdose.

Essa crônica está sendo enviada à Márcia Goldschmidt, até sugiro o tema para programa “Me ajuda, estou viciado em drogas como o seu programa”, caso ela não aceite, ainda posso tentar o programa Casos de Família, pelo menos a Regina Volpato é mais bonita.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Paralelo


Fui comprar um CD de jogo, ao chegar à loja solicitei o titulo do qual estava interessado, então o vendedor me perguntou se queria o original, ou o paralelo, me senti até mais tranqüilo em comprar, é difícil comprar algo pirata, você sempre se sente culpado depois, pelo menos eu me sinto, é uma sensação de estar destruindo a sociedade politicamente correta, mas já que ele o chamou de paralelo fiquei mais aliviado, é mais fácil falar que compro produtos paralelos do que piratas, parece que é um produto produzido em outra dimensão. Até achei que é igual você ir à farmácia e pedir o remédio genérico ao invés do “de marca”. Falando em remédio genérico, ao passar pelo centro de São Paulo me deparei com uma roda de pessoas, aproximadamente umas 20 ou 30 (sou péssimo de conta), estavam todos olhando um rapaz que falava alto, batia palmas e oferecia à todos uma pomada, que segundo ele limpava a pele, curava ferida, combatia alergia, tirava dores do corpo, dor de cabeça e até dor do rim, um produto paralelo maravilhoso, milagroso, vendida a um preço ínfimo perto de todos esses remédios que você teria que comprar para curar-se de todas essas doenças, morri de vontade de comprar umas 30 unidades, e estocar em casa, e garantir minha saúde pelo resto da vida. Poderia até fundar uma nova igreja, com o nome de “Congregação Pomada Paralela da Fé”, mas como a pomada não curava cegueira e nem paralisia, abandonei a idéia. Novela também é assim, caso não queira ver a novela da Globo, você pode assistir uma novela Mexicana. Já na política, quando você se enche de votar no Lula, ou no Serra, você pode votar num político paralelo, como o Levy Fidelix, eu iria citar o Enéias, mas esse já se foi e deixou uma herança de paralelos dele mesmo, como a Doutora Havanir entre outros. O paralelo está aí ao nosso lado, como uma segunda opção, mais barata, é claro que as vezes o Paralelo saí mais caro, vide o Ronaldo Fenômeno com suas mulheres paralelas no Rio de Janeiro.